O dia 8 de março é marcado pela luta das mulheres por igualdade e pela celebração da conquista de nossos direitos. É inegável que já avançamos muito, temos políticas públicas sólidas de proteção como a Lei Maria da Penha, temos direito ao voto há 89 anos, e cada vez mais mulheres assumem papéis de destaque no mercado de trabalho.
Porém, ainda há um longo caminho a percorrer.
Segundo a ONU Mulheres a igualdade nos direitos está diretamente ligada à representação política. E, o sistema político brasileiro está distante de ter paridade. As mulheres representam 52,50% do eleitorado nacional, esses números ainda não se traduzem em mandatos eletivos.
No Congresso Nacional, apenas 15% das cadeiras são ocupadas por mulheres. No Poder Executivo municipal os números também não são animadores: são 651 mulheres contra quase 5 mil homens a frente das prefeituras.
Um sistema político só pode ser considerado justo e democrático quando a população se vê na política.
Ter mais mulheres no poder vai além da conquista feminina, significa trazer mais perspectivas na discussão de politicas públicas e agendas internacionais. E para que isso aconteça é necessário criar mecanismos legais e morais que acolham as mulheres no ambiente público.
Nos somos parte da solução para a manutenção da democracia, por isso defendo que lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive na política.
Jaqueline Cassol é deputada federal, presidente do Progressistas de Rondônia, advogada, mãe e esposa.