O ator Tom Veiga, conhecido por interpretar o Louro José na TV Globo, contou a um amigo sobre a agressão que teria sofrido da então esposa, Cybelle Hermínio Costa, dois meses antes de ser encontrado morto. A coluna Léo Dias teve acesso aos prints da conversa.
Tom Veiga escreveu ao Gabriel Villarreal, no dia 7 de setembro, por meio do WhatsApp: “Gabriel, tenho uma coisa muito desagradável para te contar. Na sexta, eu levei uma surra da minha mulher. Depois de uma hora apanhando e ela dizendo para eu reagir, que eu era um cuzão, eu consegui sair.”
O artista prosseguiu dizendo que nunca passou uma situação igual. “Ela pegou meu celular, meu iPad, chave de carro, de casa. Loucura, irmão. Só consegui fugir dela porque achei o controle da garagem. Consegui fugir descalço, surreal”, detalhou.
Tom Veiga pontuou que o amigo não faz ideia do que passou e tem até “vergonha de contar” a ele. “Nunca apanhei tanto, que situação ridícula”, desabafou. Gabriel Villarreal perguntou se o ator achava que seria possível uma reconciliação ou se a saída era mesmo separação. Tom respondeu: “Separação direto. Como vou viver com uma maluca dessas?”
Segundo o relato de Tom para o amigo, Cybelle queria provocar uma reação: “O mais louco foi que ela batia e me falava que era para eu reagir, que ela ia dizer que eu batia em mulher”. Os prints foram incluídos na ação judicial em que os quatro filhos de Tom Veiga pedem a revogação do testamento no qual o ator deixava 50% de todo o seu patrimônio para Cybelle.
Os filhos de Tom alegam, na ação, que o pai fugiu da própria residência após a agressão e se abrigou na casa do apresentador André Marques, “a quem confidenciou os acontecimentos”. “Lá, Tom Veiga se acalmou e acabou ficando por todo o final de semana, aguardando que Cybelle deixasse a casa para nunca mais voltar”, diz trecho do documento ao qual a coluna teve acesso.
O casamento com Cybelle teria chegado ao fim oito meses após a formalização da união. Segundo os filhos de Tom, a assinatura do divórcio do casal estava marcada para 5 de novembro de 2020, mas o ator foi encontrado morto quatro dias antes.
A coluna Léo Dias teve acesso à íntegra do relato da funcionária, que inclui ciúmes, agressões físicas, verbais e o medo que Tom Veiga tinha de morrer.
Josenilde de Cássia Santos Silva trabalhou na casa do ator por um ano e meio. O depoimento dela foi registrado no 15º Serviço Notarial da Barra da Tijuca, no dia 4 de dezembro de 2020, 33 dias após Tom ser achado morto. Josenilde estava acompanhada do advogado Gustavo Santos de Almeida, que representa os filhos do artista na ação em que pedem a anulação do testamento do pai.