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Filha de Milton Gonçalves revela que ator teve uma morte tranquila: ‘Ele espalhava alegria por onde passava’

Catarina Gonçalves, filha do ator e diretor Milton Gonçalves, ícone da TV brasileira, que morreu na última segunda-feira (30) aos 88 anos, disse que o pai teve uma morte calma e bonita, “sem dramas”.

Presente ao lado de Milton no momento de sua morte, Catarina contou a Coluna que o pai vinha apresentando sinais de cansaço nos últimos meses. Segundo ela, os sintomas são consequências de problemas de saúde decorrentes de um AVC sofrido em 2020. Na ocasião, o ator ficou três meses internado e precisou de aparelhos para respirar.

“De uns meses para cá, ele começou a ficar muito cansado. O AVC foi tomando conta e ele apresentava alguns sinais, como a pressão baixando. Nos últimos dias, ele passou mal, mas nada de muito grave”, explicou.

“A morte dele foi muito calma, muito bonita. Eu estava ao lado dele e foi como se ele estivesse indo dormir. Foi muito calmo. Apesar dele ser um grande ator dramático, não teve nada de drama nesse momento. Foi muito calmo”, comentou Catarina.
Milton Gonçalves foi um dos maiores atores de sua geração e ficou conhecido por trabalhos marcantes em novelas como “O bem-amado” (1973) e as primeiras versões de “Pecado capital” (1975) e “Sinhá Moça” (1986).

Para Catarina, o principal legado que o pai deixa para as próximas gerações é a importância em manter a vontade de aprender. Segundo ela, mesmo aos 88 anos, ele ainda tinha “fome de conhecimento”.

“Eu tenho duas vias de legado que ele deixa. O primeiro legado do homem público, do artista, que sempre se posicionou, que nunca deixou passar nada sem ser dar opinião. Uma pessoa que sempre valorizou o estudo. Fica para as próximas gerações esse ensinamento. Da importância de se preparar, de ter fome de conhecimento. De nunca estar satisfeito e sempre correr atrás dos objetivos”, disse a filha de Milton.

Além de grandes trabalhos como ator, Milton também foi um pai e um amigo muito marcante na vida de quem conviveu com ele de perto.

“O legado do homem foi maior que o legado público. Tudo que ele se propôs a fazer, ele fez com maestria. Como filho, como irmão, como pai, como amigo. Sempre uma pessoa que se dedicou ao máximo. E isso agora está se traduzindo na enxurrada de mensagens que estamos recebendo. Nós não estamos dando conta de responder a todos. Todo mundo demonstrando carinho por ele. Mais do que pelo ator, carinho pela pessoa que ele foi. Ele era uma pessoa engraçada, muito comédia. Fazia a gente rir toda hora. Ele espalhava alegria por onde passava”, completou.

Escrito por Higor Garcia