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“Já deu o que tinha que dar”, comenta Guilherme Arantes sobre Ivete Sangalo

O cantor Guilherme Arantes é sem dúvidas um dos maiores ícones da música popular brasileira e um dos poucos pianistas do Brasil a integrar o hall da fama da fabricante de pianos Steinway & Sons. Em entrevista para o canal Corredor 5, apresentado pelo produtor musical Clemente Magalhães, ele não apenas narrou sua história como também opinou sobre a carreira de outros brasileiros, como Ivete Sangalo que é uma das atrações confirmadas do festival Rock in Rio 2022.

Para Arantes, que carrega em sua bagagem hits como “Cheia de Charme”, “Lindo Balão Azul” e o clássico “Planeta Água”, a cantora Ivete Sangalo “já deu o que tinha que dar” para o festival. O artista, que inclusive já recusou convite para o Rock in Rio, explica que talvez o evento que tomou proporção global, não se importa mais em valorizar os artistas que fizeram história no Brasil. “A gente está mais preocupado com o Rock in Rio do que eles, porque quem está marcando mais bobeira são eles”, pontua.

“Acho, por exemplo, que a Ivete Sangalo já deu o que tinha que dar para o Rock in Rio. Chega. São sete participações. Eu sei que é uma grande cantora e tudo. Eu reconheço, mas pô, nenhuma oportunidade para o Roupa Nova? Eu acho isso esquisito. Será que ninguém percebe que vai ser, porque eles vão acordar e vão colocar o Roupa Nova e vão arrebentar e vai dar a melhor noite de todos os tempos do Rock in Rio. Vão botar um milhão de pessoas para cantar,” ressalta Guilherme Arantes.

Música e política

Ainda de acordo com Arantes na entrevista com Clemente Magalhães, “os grandes artistas internacionais não se põem a serviço de nenhum político”. Ao falar sobre como a música “Trem-Bala” de Ana Vilela se espalhou pelo Brasil por conta de sua letra tão forte, o cantor joga como contraponto outros ritmos que precisam de grandes investimentos para girar pelo país. “Aquele brutamonte de marketing, aquele empoderamento todo que o sertanejo propõe, que o axé propôs, acabou virando partido político, é a república de Marlboro”, salienta o artista.

“É o chapéu de boiadeiro, é a festa de Barretos. Eu não sei quem emcampou quem. Se o bolsonarismo emcampou o sertanejo ou se o Bolsonaro não é hoje um contratado da Arte Mix, lá de Goiânia, entendeu? Você não sabe quem é que está a serviço de quem, hoje”, coloca Guilherme Arantes sobre os riscos que há no sertanejo em colar no conservadorismo. O artista ainda cita Paul McCartney, Stevie Wonder, John Lennon, Adele e Rihana como artistas que se mantêm apolíticos.

A entrevista completa vocês conferem hoje às 21h no canal Corredor 5, no YouTube.

Escrito por Higor Garcia