A frustração é um sentimento muito presente no dia-a-dia de todas as pessoas, mesmo que de maneira mais sutil. Quando alguém vai a uma entrevista de emprego e não é chamada, por exemplo, ou quando sente vontade de ir à praia, mas está chovendo, e até mesmo quando deseja muito comer algo e não pode. E se na fase adulta muitas vezes há dificuldades para lidar com ela, mais difícil ainda para as crianças, que ainda estão em fase de desenvolvimento e pouco sabem sobre como regular suas próprias reações e comportamentos.
É o que explica a psicóloga Nanda Perim ao discorrer sobre a importância de que os pais entendam como a frustração ocorre em seus filhos e, principalmente, como ajudá-los a gerenciar esse sentimento. Como primeiro passo, ela aborda a necessidade de que os cuidadores dessa criança, primeiramente, entendam como a frustração ocorre neles mesmos. Isso faz com que seja possível para o adulto relembrar como realmente é difícil se sentir frustrado e cultive mais empatia e compaixão em relação à reação dos filhos, para que não haja aquela tendência costumeira de exigir que eles lidem com essa emoção de maneira exemplar, afinal, são apenas crianças em constante aprendizado.
Além disso, entender como a frustração funciona para si mesmo e aprender a lidar com ela, antes de qualquer coisa, também é um exercício de ser uma referência para os filhos, já que, segundo Nanda, as crianças reproduzem com mais intensidade o que veem os pais fazendo do que o que ouvem os pais falando. Dessa forma, expressar a própria reação e administração de uma emoção é a melhor maneira de ensinar ao filho como fazer o mesmo, pois ele irá espelhar o que vê. Por outro lado, é necessário atenção à forma de pôr isso em prática, já que reagir à frustração de um jeito (de maneira intolerante à ela) e esperar que a criança reaja de outro (de maneira tolerante à ela) acaba sendo uma troca desbalanceada, porque não se pode esperar que os pequenos não repitam como veem os responsáveis agindo.
Nesse mesmo sentido, a PsiMama também fala sobre a forma como os pais reagem aos erros dos filhos no dia a dia, e como esse ponto é importante de ser analisado: quando as reações são muito explosivas e reativas de forma a expressar frustração àquele erro, está se ensinando na prática como ser intolerante às frustrações. Esse provavelmente será mais um reforço aos pequenos sobre manifestar intolerância quando se sentir frustrado, o que pode ocasionar num comportamento, mais pra frente, considerado mimado, já que a criança não aprendeu (na prática, com os pais) a ser tolerante ao passar por algo frustrante.
E, por fim, a psicóloga dá a seguinte dica para conseguir lidar melhor com os momentos de frustração do filho e ajudá-lo a lidar com ela: entender que o tamanho da frustração é o tamanho da expectativa menos o tamanho da realidade, ou seja, quanto maior a diferença entre a expectativa e a realidade, maior a frustração. Segundo Nanda, isso permite que se evite frustrações futuras, a partir do entendimento da necessidade de ajustar as expectativas da criança; e também possibilita a compreensão do nível de frustração da criança, para que os pais não cobrem que ela não fique frustrada e saibam o que falar e o que fazer como forma de acolhimento.
É possível ficar por dentro de outros temas expostos, assim como tirar dúvidas frequentes respondidas pelas dicas que a PsiMama dá. Além dos posts e lives, Nanda Perim é autora de 8 livros e ministra cursos online, disponíveis em seu perfil no Instagram.
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