Ator que coleciona personagens marcantes e faz sucesso também nas redes sociais revisita trajetória, diz que não pensa em se aposentar e conta que tem medo da morte: ‘Adoro viver’
Uma das datas mais emblemáticas da história do Brasil é 31 de março de 1964. Nesse dia um golpe militar tirou do poder o presidente eleito João Goulart e deixou as Forças Armadas no comando do país, num movimento antidemocrático que durou mais de 20 anos. No mesmo dia, um dos maiores atores da TV desembarcou no Rio de Janeiro, sem conhecer ninguém na cidade, buscando apenas oportunidades na carreira artística 🎭🤩.
“Trouxe um pouco de sabedoria para competir, mas não tinha sequer possibilidade de fazer teste, porque nada se abriu. Meu dinheiro escasseando e eu não queria ir embora. Pensava: “Meu Deus, cheguei aqui com 30 anos e agora que aparece um empecilho vou embora. Nem pensar”, relembra em entrevista exclusiva ao gshow, Ary Fontoura, que completa 90 anos nesta sexta-feira, 27/1. 🥳🎉
Antes de atingir a fama e ser reconhecido nacionalmente por papéis marcantes, como o Coronel da Tapitanga, de “Tieta”, Nonô Correia, de “Amor com Amor se Paga” e Silverinha de “A Favorita”, o paranaense Ary Fontoura cursou e desistiu no último semestre do curso de Direito, quando descobriu que havia nascido para ser ator. Já na Cidade Maravilhosa, não temeu arriscar e, entre um trabalho na cozinha de um restaurante e outro, engraxando sapatos, agarrava com paixão qualquer oportunidade que aparecesse no teatro.
Dessa forma, Ary foi construindo não só a carreira como ator, escritor, diretor teatral e poeta que já acumula 74 anos, mas uma vida na qual conseguiu ver beleza nos fracassos e, principalmente, soube se reinventar com otimismo, doçura, força e muito talento.
O ser humano tem a obrigação de saber conviver. É preciso entender que somos todos iguais e que é muito importante estar bem para ser ótimo. Viver é dia a dia, a cada minuto. O futuro é hoje e o que sobra é o amanhã. Do passado só recolho o que é bom e deixo as coisas ruins para trás. 👑