Novo tratamento traz vantagens por ser minimamente invasivo, ter eficácia comprovada e preservar a função sexual. Técnica já existe há 8 anos nos EUA e beneficiou milhares de pacientes. Dr. Bruno Benigno, um dos médicos pioneiros certificados no País e que já disponibiliza o novo tratamento, explica as vantagens da terapia
A hiperplasia benigna da próstata (HBP) é uma condição comum entre os homens, principalmente após os 50 anos. À medida que a próstata cresce, ela pode comprimir a uretra, causando sintomas desconfortáveis e, em alguns casos, sérias complicações.
Até pouco tempo atrás, poucas opções de tratamento eram oferecidas e algumas, com efeitos bastante negativos para o paciente. “O REZUM é uma Terapia Minimamente Invasiva (TMI) que utiliza vapor de água para tratar o aumento benigno da próstata. O procedimento envolve a inserção de uma sonda na uretra do paciente e aplicação de vapor diretamente no tecido prostático afetado”, explica Dr. Bruno Benigno, um dos chefes de Urologia e Oncologia do Hospital Oswaldo Cruz e um dos pioneiros no Brasil nesse tipo de tratamento.
Ele ainda pontua os benefícios da nova terapia, que é um tratamento minimamente invasivo e traz menos chance de “perda” da ejaculação (a chamada ejaculação retrógrada), sem os riscos do sangramento ou necessidade de internação. “O Rezum é opção para quem que não quer passar pelas cirurgias tradicionais. É uma alternativa também para quem não se adaptou às medicações”, completa.
As vantagens não param por aí. Benigno lembra que o Rezum proporciona um menor tempo de recuperação, tem menor risco de complicações em comparação com a cirurgia tradicional, pode ser feito em regime ambulatorial e ainda traz menor desconforto pós-operatório. “Os resultados têm eficácia comprovada, como o alívio dos sintomas urinários associados à HBP, redução do tamanho da próstata, melhora do fluxo urinário e redução da necessidade de medicamentos para HBP”.
De acordo com o urologista, um dos maiores benefícios da nova técnica é a preservação da função sexual, já que a terapia diminui o risco de disfunção erétil em comparação com a cirurgia tradicional e preserva os nervos responsáveis pela função erétil. “É a técnica com menor risco de ejaculação retrógrada (20%) em comparação com as outras técnicas (que chegam a até 80%).”
Uma das poucas desvantagens que existem está relacionada ao preço. Como é uma terapia que acaba de chegar ao Brasil, ainda não é coberta por convênios ou pelo sistema público de saúde. Existem apenas 8 máquinas no Brasil, sendo 4 em São Paulo.
O urologista lembra que é fundamental a avaliação médica individualizada para determinar a melhor opção de tratamento para cada paciente. “É preciso conversar com seu médico especialista sobre o REZUM e outras alternativas disponíveis para escolher a abordagem mais adequada à sua condição”.
Dr. Bruno Benigno
Desde 2017 é um dos chefes de Urologia do Centro de Oncologia e do Centro de Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), é fundador da Clínica Uro Onco em São Paulo, é especialista no tratamento do câncer do sistema urinário (masculino e feminino) e sistema reprodutor masculino, no tratamento do câncer de próstata, rim, bexiga, testículos e cálculos do sistema urinário. Tem subespecialização em Cirurgia Robótica, Laparoscopia e Terapia Focal (HIFU).
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